Resenha de Livro: O diário de Anne Frank – Anne Frank

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#Nota04♥♥♥♥

Boa noite pessoal, como é possível ver (na realidade, não ver hehe), essa semana mais li do que escrevi, bem, na verdade, só estou escrevendo agora. Conforme combinado, hoje é quinta-feira e tenho uma resenha prometida a fazer. Sempre tive vontade de ler esse livro por diversos motivos, sempre ouvi falar bem, é mundialmente conhecido e relata algo que gosto muito de ler sobre, a época do Holocausto. Já li outros livros sobre o tema e o acho comovente e profundo. Impactante e reflexivo. Ainda nos dias de hoje, me vejo questionando se a nossa sociedade já teria se livrado de ditadores como este. Se houvesse um Hitler, se a população brasileira o apoiaria e com grande tristeza, escrevo que acho que sim. Existem muitos “cidadãos do bem” que agem como o ditador, achando-se superior e totalmente convencidos de que seus direitos devem sobressair sobre os demais e ainda que as minorias do país devam se manter caladas e no patamar abaixo do seu. É vergonhoso e cruel, mas nossa sociedade ainda apedreja e lincha pessoas, deseja à morte de outras tantas e quer justiça a todo custo, uma justiça parcial, que só atenda seus interesses. Um desejo de vingança e um ódio permanente que me causam pavor. Pessoas preconceituosas a meu ver se equiparam ao pensamento de Hitler e se tivessem o poder que ele detinha, seguiriam seu manual meticulosamente.

O Diário de Anne Frank, no qual ela conta um pouco do seu passado “normal” de escola, amizades e brincadeiras e focando em seu período de vida desde 1942 até Agosto de 1944 (no qual o livro foi escrito), no Anexo secreto, um fundo de escritório no qual ela, seu pai, mãe e irmã com mais quatro pessoas se escondiam apenas por serem judeus, na Holanda que lutava contra a Alemanha na época de Hitler e o nazismo. Conta detalhadamente sobre as comidas, o dia a dia, seus estudos, leituras, tarefas, discussões e medos que enfrentava lá. Por ser uma menina tão nova, ela se mostra sagaz e muito inteligente. Usa uma linguagem totalmente apropriada como se fosse alguém bem mais velha e talvez o fosse psicologicamente após tudo o que passou. O que cativa é que a gente percebe sua própria mudança ao longo do livro. Suas aflições e descobertas que vão sendo narradas conforme acontecem. Pelo que sei da história do livro, ele foi revisto várias vezes ao longo dos anos e resumido, pois o diário oficial era imenso. Sei também que seu pai, quem tornou a publicação do livro possível, após sobreviver à época, removeu algumas partes que tratavam de seus sentimentos quanto à família e ao seu amigo/ amor. Ela desenvolve um sentimento por Peter, filho dos Van Dann, que vive escondido no mesmo lugar e narra sutilmente o descobrimento do amor. Ela mostra-se muito sincera e crua no que diz respeito ao seu relacionamento com a família, o que só seria possível se tratando de um diário, pois o relato é tão fiel que assusta. Ela não se dá bem com a família, talvez próprio da sua idade, mas a questão é que ela é tão inspiradora que nos vemos comprando a briga dela e a vontade que temos é protegê-la. Relata todos eles sendo capturados e levados aos campos de concentração em diferentes lugares. É uma menina esperta e madura que aos quinze anos tem gênio forte, senso de humor e opiniões no qual expõe tudo no diário, se tornando sua fiel e confidente amiga, que ela chama de Kitty. Você fica com vontade de que o livro nunca acabe e quer fazer parte da vida dela. A dica que deixo aqui para vocês é que deixem para ler o final do livro em um lugar tranquilo, pois a emoção é grande e eu quase passei vergonha.

Até breve 😉

 

3 comentários sobre “Resenha de Livro: O diário de Anne Frank – Anne Frank

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